terça-feira, 14 de julho de 2009

O necessário e o inevitável

Posso simplesmente começar este texto com uma simples frase:

“Estou satisfeito”

Estaria mais do que enganado, isso não é o que eu quero dizer.
Tudo já não me satisfaz. Tudo que é antigo, eu reprovo.
Porque o que eu já provei, não quero mais.
Agora procuro algo novo, algo que possa saciar a minha vontade.
Tudo isso pode ser um esforço em vão, mas sempre irá restar aquilo que um dia me fez começar a procurar.
Diariamente, as pessoas provam sempre a mesma comida, algumas variam, mas não deixa de ser comida. Sei que é inevitável parar de comer aquela comida, mas porque será que comemos?
Porque buscamos suprir aquilo que o nosso organismo exige.
Então, porque será que buscamos amar?
Será que o nosso organismo precisa desse sentimento tão afetivo, a ponto de nos fazer procurá-lo?
Descobri que sim, e por mais que eu não queira acreditar, eis a verdade.
Todos nós, por mais que não queiramos, procuramos aquela outra metade, aquela parte que irá suprir o vazio existente no nosso eu interior, aquele corpo desejável que irá fazer com que o nosso coração pulse mais forte, aquele corpo que irá fazer você sentir saudade quando estiver longe, aquele corpo que irá lhe acalmar quando estiver perto.
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Então, descobri que sim, é disso que todos nós precisamos. Essa busca incansável do amor pode parecer agora inútil para algumas pessoas, mas garanto que para outros, já virou necessidade.
Temo que um dia eu possa sentir esta mesma necessidade, então, me contento em estar insatisfeito.


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